Reforçando o apoio à presença feminina no esporte, a Penalty apresenta a campanha do Dia Internacional da Mulher, que é celebrado nesta segunda-feira, 08 de março.
Não é "mimimi", as mulheres não são igualmente aceitas no meio esportivo, que é majoritariamente um espaço ocupado por homens.
A Penalty se posiciona a favor da igualdade de gênero no ambiente esportivo e fora dele, por isso, a campanha em alusão a este dia leva como tema “Lugar de mulher é no salão, no society, no campo ou onde ela quiser”. (Assista ao vídeo).
HOMENAGENS E AÇÕES PENALTY
Assinada pela agência in-house da Penalty, a campanha é exclusiva para as mídias digitais e teve como protagonista a atleta Luana Moura, ala do Taboão da Serra e com diversas passagens pela Seleção Brasileira de Futsal.
A homenagem soma-se aos diversos esforços em apoio à presença feminina no esporte. Atualmente, 62% dos atletas patrocinados pela Penalty são mulheres.
Visando conquistar ainda mais o público feminino, no final de 2020, foi lançada a linha Essencial, de vestuário fitness, e adicionada ao e-commerce uma página exclusiva com produtos femininos.
DIFERENÇAS EM NÚMEROS
Segundo o Relatório Anual Socioeconômico da Mulher, divulgado pela Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres em 2020, as mulheres são 51,7% da população brasileira.
Apesar de alguns espaços terem sido conquistados no decorrer dos anos, essa relação é considerada desigual, como a divisão de tarefas em casa, por exemplo.
Ainda de acordo com o relatório, apenas 39% dos homens brancos e 40% dos homens negros fazem serviços domésticos, ao mesmo tempo, quando considerados os números femininos, registra-se que 78% das jovens brancas e 86% negras realizam essas atividades.
“A divisão sexual do trabalho naturaliza a função de cuidados da casa, filhos e família com papel feminino, trazendo impactos à vida profissional das mulheres, as quais tendem procurar ocupações com jornadas parciais e/ou flexíveis para conciliá-los com os afazeres domésticos, submetendo-as a uma dupla jornada de trabalho”, destaca trecho do documento que serve como base para a construção de políticas públicas direcionadas à igualdade de gênero.
Comparando também a taxa de atividade profissional feminina, da faixa etária de 16 a 59 anos é de 64,3%, enquanto 83,5% do público masculino está no mercado de trabalho.
DÍVIDA E DESIGUALDADE HISTÓRICA
Historicamente, o envolvimento feminino no esporte foi desestimulado e até mesmo proibido pela legislação. No Brasil, um decreto de 1941, censurava a participação das mulheres em modalidades esportivas – sem especificar quais – “Às mulheres não se permitirá a prática de desportos incompatíveis com as condições de sua natureza”, orienta trecho da publicação.
De acordo com a pesquisadora e professora da Escola Superiorer de Educação Física, Fisioterapia e Dança na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Silvana Goellner, sendo proibidas de participar de competições oficiais por diversas décadas, eventos beneficentes e jogos comemorativos, a prática em espaços alternativos, como os circos, foi uma cultura adotada para que as mulheres conseguissem estar em atividades esportivas.
Ainda segundo Goellner, tantos anos de proibição geraram um gap que explicam o número inferior de medalhas olímpicas nas modalidades femininas, em relação ao número masculino, entre outras estatísticas que exemplificam o desequilíbrio entre os gêneros.
PARTICIPAÇÃO FEMININA NO FUTEBOL
Em entrevista para o Eu Sou Penalty, Ana Lorena Marche, diretora de futebol feminino da Federação Paulista de Futebol (FPF) considerou que houve um aumento importante na participação das mulheres no esporte, mas pontuou que ainda existe uma resistência do mercado.
“Não representamos sequer 30% dos cargos de comissão técnica, mesmo em equipes femininas. Quando pensamos em cargos de liderança, o número é ainda menor”, lamentou.
Ana Lorena opinou que o apoio de grandes empresas, como a Penalty, é fundamental para o fomento da participação feminina em diferentes espaços.
PARA QUE A GENTE TENHA UM AUMENTO CADA VEZ MAIOR, ATINGINDO A EQUIDADE DE GÊNERO, É IMPORTANTE QUE AS MARCAS ESTEJAM UNIDAS NESSE PROCESSO DANDO VISIBILIDADE PARA A CAUSA,
OPINOU A GESTORA QUE INICIOU SEU TRABALHO NA FPF EM 2020.
Ana Lorena, conta ainda, com uma passagem brilhante pela Ferroviária, entre os anos de 2017 e 2019, período em que o clube feminino de Araraquara (SP) conseguiu alcançar a primeira divisão nacional, foi campeão brasileiro e vice da Copa Libertadores no futebol feminino.
CONFIANÇA E INVESTIMENTO NAS MULHERES
Segundo a atleta Penalty, Regiane Fernanda do Amaral, goleira do Leoas da Serra e da Seleção Brasileira de Futsal, existem situações recorrentes em que o trabalho da mulher é questionado. “A principal dificuldade que nós mulheres temos é ter oportunidade de mostrar o que a gente sabe fazer”, relatou.
Regiane joga futsal desde os nove anos de idade, com passagem por diversas equipes nacionais, acumula títulos com desempenho impecável, sendo coroada como: Melhor atleta (2010) pelo Corinthians/UNIP, Melhor defesa da Copa América (2017), Melhor defesa no Grand Prix de Futsal Feminino, Melhor defesa da Copa América (2019) e 9º melhor goleira do mundo (2020).
Crédito fotos: Rodrigo Corsi/ Mônia Cris Avlis.
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